O maior fracasso é desistir dos sonhos antes mesmo de tentar!
Essa frase inspirou esse grande bate-papo super dinâmico e edificante. Você verá um Conrado muito diferente do universo profissional. O grande mestre está muito a vontade nessa entrevista e nos revela segredos e fatos marcantes de sua vida os quais servirão como lição e aprendizado para superar os desafios.
Minha história de amizade com um dos meus mentores o Conrado Adolpho, foi o que proporcionou a esta entrevista.
Vou fazer um resumo do nosso papo.
Eu sei que você já quebrou em alguns momentos da sua vida. Conte alguma coisa sobre isto, que as pessoas não saibam
Conrado – As pessoas não sabem direito de nada, a gente deixa o passado lá guardado. Tem um fato que as pessoas não sabem.
Nos 6 meses que antecederam o fechamento do meu cursinho, eu já estava mal falado, os salários estavam atrasados… Eu não tinha dinheiro pra pegar ônibus. A gente tinha que fazer a mudança da casa e não tinha dinheiro. Fizemos a mudança colocando os móveis no quintal e demos cada objeto como forma pagamento aos nossos funcionários.
Aquilo foi extremamente doído, foi um tipo de morte.
Quando você é uma referência, você é um espelho. E um espelho também é uma vidraça, pois pode ser quebrado com uma pedra. – Michael Oliveira
Você é uma referência, como você lida com isso?
Conrado – Não me mitifiquem, eu sou um ser humano e todo mundo é igual! Você nunca pode se colocar abaixo de ninguém. Este é o meu trabalho, eu sou exatamente igual a você.
É preciso tomar muito cuidado com esse negócio de referência. Quem são as suas referências e o que os referenciados fazem com esse “poder”.
É uma enorme responsabilidade, você tem que saber que influencia nas decisões de outras pessoas, então não pode ser leviano. Se você não trabalhar com o coração, mas só por interesse em dinheiro, estará sendo irresponsável e pode fazer mal para as pessoas. Cuidado, muito cuidado!
Além disso, quando você vira referência as pessoas te amam, mas você está exposto ao ódio por qualquer coisa que você diga.
Quais são os seu maiores medos?
Conrado Adolpho – É passar pelo mundo sem transformar as pessoas, essa é a minha missão!
O meu maior medo é não fazer a diferença. A maior parte das pessoas tem uma vida muito dura, mas a vida tem muito mais do que isso!
Outro medo que eu tenho, é ver que eu não construí algo sólido para mim, Conrado. Família, crescer como pessoa, evoluir, olhar para mundo com cada vez mais sabedoria.
Quero deixar algo para as pessoas, no meu trabalho a ideia é transformar o mundo por meio da internet. Um a um, pessoa a pessoa.
Conrado falou sobre a bela casa onde gravamos nosso Talk Show. A casa de madeira e a preferência pelo orgânico e não descartável na vida.
Como você lida com os altos e baixos da sua vida?
Conrado – Todo mundo tem. O importante é você encarar os altos e baixos como algo que faz parte da vida.
Não dá pra querer só viver no alto. Para existir o sucesso, deve existir o fracasso. Para existir a felicidade, você precisa ter um ponto de referência que é a tristeza. Eu lido bem com isso hoje em dia.
Claro que já fui bem diferente, mas o que você aprende com a maturidade é a lidar com as coisas. Você não fica maduro e simplesmente não tem mais medos, isso é loucura! Você aprende a lidar com os seus medos. O sucesso e o fracasso fazem parte da vida.
Qual foi a fase mais difícil da sua vida?
Conrado Adolpho – Quando eu resolvi sair do Rio ainda não sabia o que ia fazer, então, resolvi propor um desafio a mim mesmo.
Eu resolvi fazer ITA (Instituto Técnológico da Aéronáutica), estudei por 3 anos em que não saí nenhum dia. Eu queria muito aquilo, pra mim era o que mais importava.
Passei e entrei no ITA, mas abandonei no final do terceiro ano. Me mudei pra Campinas e cheguei lá com aquele ar de “eu consigo”. Mas ali eu descobri que não era bem assim…
Tentei muito conseguir emprego, o mercado estava fechado e eu não entendia porque. Numa dada hora eu estava em uma situação tão ruim, que em uma semana eu me lembro que eu passei 6 dias comendo pão e água literalmente.
Eu não tinha dinheiro, minha família não podia me ajudar. Foi eu que escolhi largar tudo, os estudos e o que o futuro me guardava, para ir atrás do que eu acreditava que fosse o meu caminho.
Mas o meu caminho poderia estar errado, eu não tinha essa certeza. Quando eu comi pão e bebi água por 6 dias, eu fiquei questionando se eu fiz a escolha certa, pensando se havia errado. O sentimento era terrível, uma mistura de arrependimento com o desejo de dar certo.
O que você entende como sucesso?
Conrado – É uma palavra muito banalizada e pouco refletida. As pessoas só falam em sucesso como ganhar dinheiro.
Quando eu escrevi o meu primeiro livro eu já estava na agência, então eu descobri que sucesso não era dinheiro, porque a agência não estava dando dinheiro, mas eu ainda assim estava feliz.
As pessoas vinham falar comigo sobre o meu livro e naquele momento, eu aprendi que sucesso é o reconhecimento das pessoas pela tua obra. Então eu entrei numa fase em que trabalhei muito, principalmente pelo reconhecimento.
Hoje sucesso pra mim, não é mais o dinheiro, não é mais só o reconhecimento, mas sim o equilíbrio. Não é fácil de conseguir!
Se você é um workaholic, ou se está muito comprometido com algum projeto, você tende a deixar algumas lacunas em outros aspectos da sua vida, e isto não é sucesso!
Pra mim sucesso é equilíbrio, você tem suas realizações financeiras, profissionais, pessoais, em todo o prisma da vida. É uma busca, uma evolução, você deve perceber as faltas e se dedicar a isto.
Você tem ideia do impacto que você causa na vida das pessoas?
Conrado – Não tenho. Porque está ficando muito grande isso, muito abrangente.
Eu não sou uma celebridade, eu sou uma pessoa comum. Fico sem saber o que fazer quando as pessoas vem falar comigo na rua, eu não sei o que eu represento na vida dessas pessoas. As pessoas confundem um pouco o palco com a platéia. O show não acontece lá, acontece dentro de cada um. Mas percebo que é um impacto muito grande.
E a faltas (as “lacunas”) da sua vida, como você lida com isso?
Conrado – Eu gosto muito do que eu faço, essa é a grande vantagem e o grande problema.
Eu sempre digo que foco não é aquilo que você escolhe, mas sim aquilo que você desescolhe. Claro que o trabalho me fez “desescolher” algumas coisas e eu tenho uma vida diferente dos meus amigos. Eu não tenho filhos ainda, não sou casado… Eu desescolhi muitas coisas.
Hoje eu já começo a olhar a palavra workaholic com reserva. Sucesso pra mim hoje é o equilíbrio, e eu estou atualmente num processo de evolução.
E o que você acha sobre ser um quarentão que atende, na maioria das vezes, um pessoal de 25 a 30 anos?
Conrado – A minha vida foi muito diferente das dessas pessoas e isso me dá uma outra visão de mercado.
Gente mais nova costuma ser mais imediatista. Quando você chega nos 40 você pensa: eu sou aquele cara mais velho! É a melhor época, você tem uma visão diferente.
As pessoas se identificam por estarem passando por aquilo que eu já passei. Eu gosto muito de trabalhar com estas pessoas.
Jogo rápido
Um dia na sua vida – O dia que eu disse pela 1ª vez pra minha mãe: eu te amo
Uma pessoa – Minha mãe
Um filme – A procura da felicidade
Um livro – O pequeno príncipe (li no ITA e vi o mundo podia ser mais bonito).
Carreira – Palco. Você não pode confundir o palco com a platéia. Carreira é seu palco, mas você passa a maior parte do tempo na platéia
Conrado Adolpho por Conrado Adolpho – Uma pessoa com muitas imperfeições, que procura evoluir, que já descobriu que existem coisas mais importantes que as “coisas”, alguém que começa a ter uma percepção da vida na sua plenitude, alguém que descobriu que a parte mais importante da vida é o amor que você dá e que você recebe das pessoas em geral na sua vida.
Assista este bate papo na íntegra e prepare-se!
Fracassar é saber extrair da dor, motivos suficientes para continuar ir adiante. A perseverança é o verdadeiro suor daqueles que nunca desistem da luta!
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